O presidente Putin diz que a Rússia não perdeu nada como resultado da operação especial na Ucrânia
O presidente russo chamou a operação especial na Ucrânia de uma resposta proporcional ao que vem acontecendo há vários anos.
A Rússia não perdeu e não perderá nada como resultado da operação militar especial na Ucrânia, disse o presidente russo, Vladimir Putin, na sessão plenária do Fórum Econômico do Leste na quarta-feira.
“Acho que não perdemos nada e não vamos perder nada. E do ponto de vista do lucro, posso dizer que nosso principal ganho é uma maior soberania. Isso é um resultado inevitável do que está acontecendo”, ressaltou.
A Rússia não foi quem iniciou as hostilidades na Ucrânia e atualmente está tentando acabar com elas, enfatizou Putin.
“Gostaria de enfatizar mais uma vez que não iniciamos nada em termos de operações militares. Estamos apenas tentando acabar com as hostilidades que começaram em 2014 após um golpe na Ucrânia por aqueles que não queriam um desenvolvimento normal e pacífico. eles reprimiram seu próprio povo”, disse ele.
Ele descreveu a operação especial na Ucrânia como uma resposta proporcional ao que vem acontecendo há vários anos.
“Fizemos isso conscientemente. Todas as nossas ações visam ajudar o povo de Donbass. Este é o nosso dever e vamos cumpri-lo até o fim”, destacou Putin.
Ele destacou que a polarização que existe na Rússia e no mundo no contexto da operação militar especial trará certos benefícios, pois nos permitirá descartar “tudo o que nos impede de avançar”.
“Uma certa polarização está ocorrendo tanto no mundo quanto no país. Acredito que isso trará certos benefícios, pois tudo o que for desnecessário, prejudicial e tudo o que nos impede de avançar será renunciado. Vamos ganhar impulso e ritmo de desenvolvimento”, disse Putin.
Ao mesmo tempo, ao responder ao comentário do moderador de que não mencionou a Ucrânia em seu discurso, Putin apontou que a Ucrânia estava localizada fora da região Ásia-Pacífico.
“Esse país pertence à região Ásia-Pacífico? Na minha opinião, não. Estamos discutindo, em primeiro lugar, as questões da região, estamos no Extremo Oriente da Rússia”, disse.
