12 de Outubro – Dia da Hispanidade

Por Guilherme Fernandes / Resistência Sulista
O Dia de Colombo ou Dia da Hispanidade é um feriado internacional que celebra a chegada de Cristóvão Colombo à América em 12 de outubro de 1492, sendo também o dia dedicado à Nossa Senhora do Pilar, padroeira de la Hispanidad, e o dia das crianças. A data é comemorada em todos os países de Língua espanhola e também nos Estados Unidos, cuja metade do território era parte do Vice-reino da Nova Espanha.
A denominação e as comemorações próprias desta data, porém, variam em cada um destes diversos países hispano-falantes. Nos Estados Unidos, no entanto, o Dia de Colombo constitui-se em um feriado móvel, comemorado na segunda-feira de outubro e dedicado à influência também da cultura italiana. No Canadá, a data é somente reverenciada, pois coincide com o dia de Ação de Graças.
No Brasil coincidentemente este dia é um feriado nacional, mas em comemoração à N. Sra. Aparecida, porém na região sul devido a forte influencia espanhola e platina, no Rio Grande do Sul de forma não oficial se comemora o dia de hoje como o “dia das Américas”.

Texto escrito por Juan Pablo Vitali (1961-2021)
Tradução Guilherme Fernandes / Resistência Sulista
12 de Outubro – Dia da Hispanidade
Não importa para onde vamos. Não importa o que encontramos. Há pouco a fazer na velha Europa. Deve haver algo no fundo do céu, para celebrar a passagem inócua do tempo.
A causa não importa, embora o tédio seja causa suficiente para buscar o sol. Melhor os navios e o perigo do mar do que a rocha e o curral.
Não importa o rei, não importa a Deus. Eles são apenas mais um rei e um deus, sem nós eles não são nada e ninguém os viu na trincheira ou no passeio.
A conquista é um efeito indesejado da anarquia. A disciplina é apenas uma habilidade melhor que alguns têm de resistir. Cada pessoa ou povo pode ser admirável, mas nós somos nós, e somente em nosso próprio sangue reside a confiança para sobreviver.
Nada existe por muito tempo, se não for um segredo que corre nas veias tentando não desaparecer. Meu segredo é meu deus. Só o que é sentido de maneira inexplicável pode transcender em alguma medida incerta a fugacidade do tempo.
Estamos sempre indo para lugar nenhum, então devo me perguntar: Que diferença faz o que vou encontrar além do mar? Talvez um naufrágio, ou talvez uma armadura inútil que apodreça nossa carne sob a umidade.
Não partimos para conquistar nada. Partir é sempre conquistar a si mesmo. Para sair não para voltar. Sair sabendo que os capitães nada mais são do que outras lagostas, no meio do mistério sem deus, sem rei, onde só a certeza milenar da raça nos governa: a minha raça, aquela que amo sem reservas nem receios.
12 de outubro, um dia significativo na história, o dia da rebelião revolucionária de minha amada raça hispanica e solar. Quanto ao resto: eu cago no rei e em seu deus.