A Quarta Teoria Política é essencialmente contraria ao Fascismo

A Quarta Teoria Política critica o fascismo com base em diversos aspectos. Essa perspectiva rejeita o racismo inerente ao fascismo, reconhecendo que o racismo desempenhou um papel central no colapso do nacional-socialismo, resultando em consequências devastadoras e sofrimento imensurável. O fascismo é visto como uma ideologia eurocêntrica, que perpetua visões hierárquicas entre os povos e contradiz o princípio de reconhecimento da diversidade étnico-cultural.
Um dos pontos críticos ao fascismo, segundo essa perspectiva, é sua crença na superioridade objetiva e inata de uma raça humana sobre outra. O racismo praticado pelo fascismo, como exemplificado pela perseguição e extermínio de grupos étnicos com base na raça, é considerado repulsivo e criminoso. Além disso, o fascismo tende a promover o chauvinismo e o nacionalismo extremo, criando divisões entre os povos europeus e negligenciando a noção de uma unidade civilizacional mais ampla.
Outro aspecto criticado é a estratégia equivocada do fascismo de atacar simultaneamente a primeira e a segunda teorias políticas, comprometendo sua própria vitória estratégico-militar e resultando em uma derrota intelectual. Segundo a Quarta Teoria Política, a luta contra o comunismo deve ocorrer apenas após a superação do liberalismo, que é considerado o verdadeiro inimigo a ser enfrentado. Ao negligenciar essa ordem de prioridades, o fascismo fortaleceu os liberais e alienou potenciais aliados na luta contra a hegemonia capitalista.
No entanto, é importante ressaltar que o fascismo histórico apresenta elementos positivos, como sua postura anti-capitalista e anti-materialista. No entanto, esses aspectos são diluídos na forma chauvinista como o fascismo se popularizou, reduzindo-se a seus pontos fracos e perversos. Segundo essa perspectiva, hoje não há uma ameaça fascista real, pois o fascismo se tornou uma caricatura sem substância, mantendo sua postura perversa com uma roupagem mais colorida e servindo como uma arma secundária nas mãos dos liberais.
A Quarta Teoria Política rejeita todas as formas de racismo, incluindo o biológico presente no fascismo/nacional-socialismo. Essa visão considera que qualquer tentativa de elevar uma avaliação subjetiva ao status de teoria é racismo, pois as diferenças entre sociedades não implicam na superioridade objetiva de uma sobre a outra. Além disso, reconhece a importância dos conceitos de ethnos da etnossociologia como fenômenos culturais e comunidades que compartilham características linguísticas, religiosas, estilo de vida, recursos e esforços. A ideologia liberal, que busca a liberação de todas as formas de identidade coletiva, é considerada incompatível com o ethnos e da etnossociologia, representando um etnocídio teórico e tecnológico sistemático.
Em conclusão, a crítica da Quarta Teoria Política ao fascismo é fundamentada na rejeição do racismo, na oposição à visão eurocêntrica, no questionamento do chauvinismo nacionalista e na crítica à estratégia equivocada do fascismo. Essa perspectiva busca avançar em direção a uma nova abordagem política, que enfrente os desafios do liberalismo e, posteriormente, do marxismo, buscando uma sociedade justa e pluralista com base em valores mais profundos e civilizacionais.